3 de setembro de 2021

Desastres Ambientais: o caso do Rio Doce

 Texto escrito pela aluna Núbia Aparecida de Aguilar

A Barragem do Fundão pertencente à Samarco Mineração, localizada no município de Mariana/MG, rompeu no dia 05 de novembro de 2015, liberou cerca de 50 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos, causando um dano devastador ao meio ambiente. 

A barragem armazenava rejeito produzido pela atividade de extração de minério de ferro, seu rompimento acabou rompendo também a Barragem Santarém que acumulava água, situada abaixo da Fundão. O rompimento foi considerado o maior desastre envolvendo barragens de rejeito de mineração no mundo (BOWKER ASSOCIATES, 2015). 

Figura 01- Rompimento da Barragem de Fundão


Figura 02- Distrito Bento Rodrigues após o rompimento 

A lama de rejeitos atingiu a bacia do rio Doce, se estendendo aos estados de Espírito Santo e da Bahia. Assim, os governos mobilizaram várias ações contingentes, como: resgate de fauna (aquática e terrestre), alargamento da foz do rio Doce para forçar o escoamento mais rápido dos sedimentos, monitoramento da qualidade das águas, ações contínuas para monitoramento dos impactos, como sobrevoos sobre o rio e mar e vistorias técnicas (IEMA, 2021).

Figura 03- Rio Doce após o rompimento da barragem

Figura 04- Foz do Rio Doce

Os monitoramentos da qualidade das águas foram feitos logo após o rompimento, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Agência Nacional de Águas (ANA) passaram a analisar diariamente. Parâmetros de monitoramento, como turbidez, oxigênio dissolvido, manganês estavam acima do permitido pelas portarias. Em 2016 o monitoramento passou a ser da Fundação Renova, criada para implementar e gerir os programas de reparação dos impactos causados.

 Atualmente a ANA diz que a água é tratável para distribuição. A qualidade da água está melhor que na época do desastre, mas longe de chegar a média histórica aos limites aceitáveis antes da tragédia.   Pesquisadores de todo o mundo estudam a bacia, e apontam que os danos causados pelo rompimento são irreparáveis, principalmente para a fauna, flora, áreas de conservação e comunidades indígenas da região. Ainda, moradores das regiões pertencentes a bacia enfrenta o prejuízo nas atividades pesqueira, turismo, lazer e na agropecuária. 

Referências

ANA. Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Disponível em: https://www.gov.br/ana/pt-br. Acesso em: 12. Jul.2021.  

IEMA. Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Disponível em: https://iema.es.gov.br/. Acesso em: 12. Jul.2021.  

SEMAD. Secretaria de estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/. Acesso em: 12. Jul.2021.  


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