Texto escrito pelas alunas Anna Carolina de Souza Santos e Ester de Mattos Lorentz Portugal
Há um pouco mais de um ano tivemos o primeiro caso de coronavírus no Brasil, especificamente em 26 de fevereiro de 2020, em São Paulo. No mesmo mês, o governo iniciou as estratégias para combater a pandemia da COVID-19, com a repatriação dos brasileiros que viviam em Wuhan, cidade chinesa epicentro da infecção. Desde então, a pandemia e as ações governamentais foram variadas, com reduções e aumentos no número de casos, medidas como lockdown e também o início da vacinação em algumas localidades.
Porém, atualmente estamos vivenciando um colapso na saúde, não só pelo aumento do número de casos que tem crescido bastante, mas também pelo cansaço psicológico de presenciar uma pandemia e acompanhar as decisões e estratégias que mudam hora a hora.
Na cidade de Teófilo Otoni, por exemplo, apesar de a vacinação já ter sido iniciada, o município está na Onda Roxa do programa Minas Consciente. Até o momento, há infelizmente mais de 190 óbitos devido à COVID-19, e os leitos de enfermaria e UTI estão quase totalmente preenchidos, sendo que o Hospital Filadélfia já atingiu 100% de ocupação dos leitos de UTI. Seguem alguns dados do dia 16 de março de 2021:
• 482 casos ativos
• 6463 casos recuperados
• 7142 casos confirmados
• 191 óbitos
• 95% dos leitos de UTI ocupados
• 79, 31% dos leitos de enfermaria ocupados
Já no dia 17 de março de 2021, de acordo com uma matéria da Rádio 98 FM, a situação se tornou dramática, com os leitos de UTI esgotados e até acima da capacidade de atendimento, no Hospital Santa Rosália e no Hospital Filadélfia. Há temor quanto aos suprimentos de oxigênio e produtos utilizados na internação de pacientes graves. Há filas de pacientes aguardando. Há 105% dos leitos de UTI e 90% dos leitos clínicos ocupados. As equipes estão exaustas, revezando não apenas pela cidade, mas pela região. A situação se repete ao longo do país.
Nesse sentido, pedimos encarecidamente o apoio de cada um de vocês leitores, que pensem e reflitam sobre o que é a vida. Mas o que é verdadeiramente a vida, e com a sua vida e as suas ações refletem na vida do outro. Sabemos que a melhor maneira de combater o coronavírus é através do isolamento, ou seja, sair de casa somente se houver necessidade. Porém, quando não for possível o mesmo devemos seguir algumas recomendações, como:
• distanciamento social;
• utilização de máscaras;
• lavar com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienizar com álcool em gel 70%;
• ao tossir ou espirrar, cobrir nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo;
• não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção fácil com as mãos não higienizadas;
• higienizar com frequência o celular, brinquedos das crianças e outros objetos que são utilizados com frequência;
• não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos;
• manter os ambientes limpos e bem ventilados;
Sabemos que todas as pessoas e todos os trabalhos/serviços são essenciais, porém, nesse momento caótico que vivemos, devemos tentar enxergar além daquilo que está à nossa frente. Temos que pensar nos grupos de risco, como idosos, pessoas com doenças cardíacas, pulmonares, com baixa imunidade, diabéticos, obesos, dentre outras comorbidades. Pode ser que você não se enquadre neste grupo, mas seus familiares e/ou alguém que você goste pode se enquadrar. Esse tempo que vivemos é tempo de praticar ainda mais a empatia, de saber e entender que a vida de outra pessoa pode estar em suas mãos.
Quando lemos ou só vemos reportagens sobre a pandemia, não conseguimos entender de fato como ela nos afeta profundamente, porém, quando perdemos um pai, uma mãe ou um amigo, sentimos que talvez poderíamos ter feito mais, ter se protegido e protegido o outro, ter divulgado mais as informações verdadeiras e pertinentes, e, como em toda perda, ter amado mais.
Precisamos, nesse momento, de mais compaixão e desejo de lutar. Tudo isso vai passar, entendemos que é uma fase, como qualquer outra etapa da vida, mas mais do que nunca precisamos da união de todos.
Então, nós convidamos você, caro leitor, a continuar nessa luta diária ao combate a pandemia da COVID-19 e você que ainda não entendeu o quão a situação está grave, a refletir e compreender que muitas vezes é preciso olhar um pouco mais para o outro e olhar menos para si.
Por fim, desejamos muita luz e esperança a todos os familiares que perderam seus entes queridos e aqueles que estão angustiados, seja pela contaminação, pela espera de uma vaga nos hospitais ou pelo medo de estar vivenciando esse momento.
Referências:
https://www.sanarmed.com/linha-do-tempo-do-coronavirus-no-brasil
https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger
https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/84-grupos-de-risco-para-covid-19
https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk02O_l_2KxCAFIcmhl-vwnxUU0Q9-w%3A1615997012219&ei=VChSYLD-DL695OUPw-O2gAg&q=numeros+de+mortes+no+brasil+hoje+coronavirus&oq=numeros+de+mortes+no+brasil+hoje+coronavirus&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAMyBggAEBYQHjIGCAAQFhAeOgUIABCxAzoECC4QQzoECAAQQzoICAAQsQMQgwE6BAgjECc6BwgjEOoCECc6AggAOggILhCxAxCDAToOCAAQsQMQgwEQxwEQrwE6CggAELEDEIMBEAo6BAgAEAM6BQgAEMQCOgQIABANUM2pN1iS8Ddgu_E3aAZwAngCgAHvAogBqD2SAQgwLjUxLjAuMpgBAKABAaoBB2d3cy13aXqwAQrAAQE&sclient=gws-wiz&ved=0ahUKEwiw-Pv-2bfvAhW-HrkGHcOxDYAQ4dUDCA0&uact=5
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