Texto escrito pelo aluno Gustavo Hilario
Nos dias de hoje, a crise ambiental é um assunto comum, e ao mesmo tempo assustador, as pessoas dizem que estamos enfrentando a pior crise ambiental de todos os tempos. A crise ambiental seria a responsável por comprometer os recursos naturais, extinguir espécies da fauna e flora levando ao fim as condições necessárias para a vida.
Em um primeiro momento vamos pensar no que significa uma crise ambiental. De modo geral, o termo crise é usado para tratar da evolução de alguma doença ou algum distúrbio funcional e se refere a uma mudança brusca e repentina. Crise de ansiedade, crise respiratória, crise estomacal, etc. Daí que os significados de crise acabam sendo usados em outros contextos que não só o da saúde. Por exemplo, em contextos sociais como na crise de 1929 e, da mesma maneira, é comum ouvirmos que hoje no Brasil vivemos uma crise econômica originada por uma crise política. Mas será mesmo que vivemos uma crise ambiental?
Alguns dos defensores da ideia de que vivemos uma crise ambiental atribuem suas origens ao fenômeno da economia e no modelo de desenvolvimento. Em um mundo marcado por uma perspectiva econômica com base na ideia de que as necessidades dos seres humanos são infinitas enquanto os recursos necessários para satisfazer estas necessidades são limitados a capacidade de lidar com recursos em permanente escassez nos leva a reconhecer que há um constante agravamento e deterioração das condições ambientais. Da mesma forma, como os recursos são limitados, a distribuição acontece de maneira a gerar uma desigualdade no acesso não só dos recursos, mas de todos os bens que são produzidos a partir deles. Assim, estaria em jogo uma crise ambiental que se aprofundará com o tempo, já que cada vez teremos menos recursos para satisfazer as necessidades humanas.
Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), diz que as crises da mudança climática, perda de biodiversidade e poluição são interligadas e colocam sob “risco inaceitável” o bem-estar das gerações atual e futuras. Nos últimos 50 anos, a economia global cresceu quase cinco vezes, em grande parte devido a uma triplicação na extração de recursos naturais e energia que impulsionou o crescimento da produção e do consumo. A população global duplicou, para 7,8 bilhões.
No ritmo atual, o mundo caminha para um aquecimento de pelo menos 3°C acima dos níveis pré-industriais até 2100, o que descumpriria a meta do Acordo de Paris, de manter o aquecimento bem abaixo de 2°C.
Nenhum dos objetivos globais para a proteção da vida na Terra e para travar a degradação da terra e dos oceanos foi totalmente alcançado. O desmatamento e a pesca predatória continuam, e 1 milhão de espécies de plantas e animais estão ameaçadas de extinção.
A pesquisa nota que a camada protetora de ozônio da Terra está sendo restaurada, mas afirma que há muito a ser feito para reduzir a poluição do ar e da água e gerenciar produtos químicos com segurança.
Com esses problemas ambientais existem consequências para saúde, com cerca de um quarto das doenças decorrendo de riscos relacionados ao meio ambiente. A poluição do ar causa até 7 milhões de mortes prematuras por ano.
Riscos ambientais, como ondas de calor, inundações, secas e poluição, dificultam os esforços para tornar as cidades e outros assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
A pesquisa afirma que as emergências ambientais devem ser abordadas em conjunto. A pandemia de Covid-19 mostrou os riscos da degradação do ecossistema, bem como a necessidade de cooperação internacional e maior resiliência social e econômica.
Segundo o Pnuma, “garantir que os investimentos desencadeados pela crise apoiem mudanças transformadoras é a chave para alcançar a sustentabilidade rapidamente.”
A pesquisa da ONU propõe medidas como taxas de carbono e eliminação gradual de subsídios prejudiciais, como os mais de US$ 5 trilhões que vão anualmente para áreas como combustíveis fósseis e agricultura e pesca não sustentável.
Os países
em desenvolvimento também precisam de mais apoio para enfrentar os desafios
ambientais, incluindo o acesso a financiamento de juros baixos.
Referência
Crise Ambiental e Consciência
Ecológica . Cola
da Web. Disponível em: <https://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/crise-ambiental-e-consciencia-ecologica>. Acesso em: 20 jun. 2022.
Crise ambiental: existem propostas
alternativas.
Iser Assessoria. Disponível em: <https://iserassessoria.org.br/crise-ambiental-existem-propostas-alternativas/>. Acesso em: 21 jun. 2022.
‘Dentro do capitalismo a crise
ambiental não será resolvida’. Disponível em: <https://controversia.com.br/2021/08/30/dentro-do-capitalismo-a-crise-ambiental-nao-sera-resolvida/>. Acesso em: 20 jun. 2022.
EM MEIO A TANTAS CRISES A ESPERANÇA
PERSISTE. Unicamp
blog. Disponível em: <https://www.blogs.unicamp.br/muitoalemdoverde/2018/05/02/criseambiental/>. Acesso em: 20 jun 2022.
Entenda a crise ambiental na
atualidade. Sumaré
Qualifica. Disponível em: https://www.google.com/imgres . Acesso em: 20 jun. 2022.
Relatório mostra como crises
ambientais colocam gerações futuras sob risco. ONU News. Disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2021/04/1748862>. Acesso em: 21 jun. 2022.
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