Texto escrito pelo aluno Daniel Ferreira Sgrancio
No
dia 17 de junho é comemorado o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca.
O objetivo desta data é conscientizar a população internacional sobre o
processo de desertificação e os efeitos negativos que a seca pode provocar a
nível regional e mundial.
A
origem dessa data se deu no ano de 1995, ela foi criado pela Organização das
Nações Unidas (ONU) e celebrado pela primeira vez nesse mesmo ano. Vários países
do mundo se dispuseram em diminuir as ações destrutivas que colaboram com o
processo de desertificação em todo o planeta. Este acordo foi oficializado
através da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países
Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação (UNCCD).
Para
entendermos sobre a gravidade desse problema, primeiro devemos conhecer o que é
esse processo e os principais problemas que o mesmo pode acarretar ao meio ambiente
e a sociedade de um modo geral. Pois bem, desertificação é a degradação dos
solos pela seca excessiva e pela rápida perda de nutrientes, resultando na
formação de uma paisagem correspondente as áreas desérticas. É importante
destacar que esse fenômeno ocorre em regiões de clima árido, semiárido e
subúmido, ou seja, regiões onde temos poucas chuvas por isso o processo de
evaporação é superior ao de precipitação.
Entre
as principais causas para o processo de desertificação, podemos destacar o uso
inapropriado dos solos pelas práticas agropecuárias, desmatamento e exploração
em larga escala de ecossistemas frágeis, uso inadequado e intensivo de
agrotóxicos, secas muito prolongadas, ação das queimadas, entre outros.
Desertificação no Brasil
O
Brasil entrou para Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos
Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação (UNCCD), desde 27 de junho
de 1997, se comprometendo a evitar o desgaste dos recursos biológicos dos
diferentes climas que compõem o país. Estima-se que uma área de 230 mil km², na
região Nordeste, já esteja em processo de desertificação. As cidades mais
atingidas seriam Irauçuba (CE), Gilbués (PI), Seridó (RN e PB) e Cabrobó (PE),
que somam 18.177 km² e afetam 399 mil pessoas.
De
acordo com o Imazon, o desmatamento em 2021, de mais de 10.000 quilômetros
quadrados, foi o maior desde 2008: um crescimento de 29% em relação aos mais de
8 000 quilômetros quadrados de 2020 (até então o maior da década). Segundo o
Ipam, o desmatamento na Amazônia cresceu 56,6% na atualidade. A Amazônia é só mais
um problema que alcança todos os biomas do país.
Desse
modo, para parar e evitar o avanço da desertificação, a medida mais importante é
preservar as áreas verdes e praticar o reflorestamento em zonas já atingidas,
pois a vegetação permite a absorção da umidade proveniente da atmosfera, além
de tornar o clima mais ameno e agradável. Além disso, é preciso a adoção de
técnicas sustentáveis de utilização do solo, que garantam a prática da
agropecuária sem impactar negativamente o meio ambiente.
Referência
ESCOLAEDUCAÇÃO. Desertificação. Escola Educação. [S.I], 26 set. 2016. Disponível em: <https://escolaeducacao.com.br/desertificacao/>. Acesso em 13 jun. 2022.
PENA, R. F. A. O que é desertificação. Brasil Escola. [S.I], [s.d]. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-desertificacao.htm>. Acesso em: 13 jun. 2022.
RANGEL, R. A Retaguarda do Atraso. Veja. São Paulo, 10 jun. 2022. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/coluna/ricardo-rangel/a-retaguarda-do-atraso-2/>. Acesso em 13 jun. 2022.
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