Texto escrito pelo aluno Daniel Ferreira Sgrancio
As cidades surgiram da necessidade do homem em ter uma comunicação, desenvolvimento e um lugar seguro param se viver, ou seja, um ambiente onde todos tem a possibilidade de viver bem. Apesar de se ter essa visão muitas vezes essas localidades são sinônimos de ambientes caóticos, contraditórios, sem organização, sem segurança, planejamento ambiental e saneamento básico se tornando um verdadeiro problema, mas quem vive nesse espaço.
Nesse contexto surgiu planejamento urbano que serve como instrumento para avaliar e enfrentar as transformações sociais, politicas e econômicas derivadas da base urbano/indústria. As urbanizações de grandes áreas bem como o crescimento demográfico de algumas cidades tornaram necessária a criação de politicas publicas para uso e ocupação do solo, programas habitacionais e demais estruturas urbanas.
Inicialmente foi utilizado como instrumento de controle de doenças infectocontagiosas, mais tarde para difundir o urbanismo tecnocrático modernista caracterizado pela centralização da tecnologia. Com o grande crescimento da população surgiu à necessidade do Estado criar politicas publicas, que garantisse principalmente que pessoas de baixa renda tivessem uma melhoria na qualidade de vida. Atualmente não cabe só ao Estado garantir que de fato seja feito essas melhorias na nossa comunidade, mas se torna tarefa de todos nos garantirmos que o ambiente em que vivamos seja de qualidade para que todos possam viver nele.
Algumas das cidades planejadas brasileiras são:
1. Brasília
Criada para ser a Capital Federal, seus planos de construção remetem ao Brasil Colonial. A ideia, por volta de 1761, era a de construir uma cidade para ser a sede do governo que ficasse longe do litoral e, portanto, menos susceptível a invasões como era o caso das cidades de Salvador e Rio de Janeiro.
Porém, os estudos foram retomados para valer apenas em 1955. Na época, o então candidato à presidência Juscelino Kubistchek inclui o projeto no seu plano de metas. O trabalho ficou sob a responsabilidade do urbanista Lucio Costa e do arquiteto Oscar Niemeyer. A obra foi inaugurada em 1961.
Sua principal característica é a ideia de superquadras, projetadas para serem locais de lazer entre os moradores, a também espaços de lazer e áreas verdes e os prédios foram construídos sobre colunas de forma que as pessoas possam circular livremente pelas quadras.
2.Goiânia
Foi a primeira cidade a ser planejada no século XX, com influência do estilo Art Déco, a capital goiana foi planejada para uma população de 50 mil habitantes, porém hoje já são mais de 1,3 milhão de pessoas por lá. Todo o processo ocorreu durante a presidência de Getúlio Vargas e fazia parte da chamada “marcha para o Oeste”, que visava o desenvolvimento do interior do Brasil.
3. Salvador
Voltando bastante no tempo, a cidade de Salvador, capital da Bahia, também é considerada um município planejado. Porém, há que se considerar que os padrões eram outros, uma vez que esse processo ocorreu em 1549, portanto há quase 500 anos. Primeira sede do Governo Geral do Brasil, ela foi concebida para ser uma espécie de “cidade-fortaleza”.
Apesar do terreno irregular, os portugueses optaram por um projeto cuja concepção era racional e geométrica. Assim, Salvador cresceu sob a égide de um planejamento que a colocava como uma cidade com viés administrativo e militar. Salvador foi a sede de Portugal no Novo Mundo até 1808, quando a família real portuguesa veio para o Brasil.
4. Palmas
A capital do Tocantins foi uma das últimas grandes experiências de planejamento urbano no Brasil. Com avenidas gigantes e muito espaçadas, Palmas tem um traçado em quadrículas visando aperfeiçoar as funções da cidade. Há muitas áreas verdes e espaços vazios entre elas. A capital do Tocantins foi concebida para abrigar até 1 milhão de pessoas, mas curiosamente sofre do efeito oposto: a população, segundo o IBGE, é de apenas 286 mil pessoas. Porém, em 1991, esse número era de apenas 24 mil habitantes.
5. Curitiba
Apesar de não ter sido planejada desde a sua concepção, a cidade de Curitiba passou por um processo de reestruturação urbana entre os anos 70 e 90 que fez a capital do Paraná ganhar fama nacional e internacional. Sob o comando do então prefeito Jaime Lerner, a cidade virou referência em transporte público.
Os ônibus biarticulados, as canaletas exclusivas, o programa de coleta de lixo reciclável e o grande número de parques e áreas verdes fizeram a cidade adotar o título de “capital ecológica”. Contudo, o grande crescimento populacional enfrentado pela cidade nos anos 90 e 2000 faz com que Curitiba hoje já se coloque em estado de alerta, requerendo novas mudanças estruturais.
Referências
SANTOS , Angela Moulin S. Penalva. Planejamento urbano: para quê epara quem? Revista de Direito da Cidade . Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/view/10487/8259. Acesso em: 1 dez. 2021.
JUNIOR , José Carlos Ferrari. LIMITES E POTENCIALIDADES DO PLANEJAMENTO URBANO: Uma discussão sobre os pilares e aspectos recentes da organização espacial das cidades brasileiras. Estudos Geográficos . Disponível em: http://www.uesc.br/cursos/pos_graduacao/especializacao/planejamento/arquivos/ferrari_junior_jose_carlos.pdf. Acesso em: 1 dez. 2021.
Quais as cidades planejadas do Brasil?. In: Quais as cidades planejadas do Brasil?. [S. l.], 21 jun. 2013. Disponível em: https://referenciabibliografica.net/a/pt-br/ref/abnt. Acesso em: 1 dez. 2021.
Muito bom!!
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